Está aberto o debate público sobre revisão dos procedimentos para adoção e regulamentação das diversas estratégias voltadas à efetivação do direito à convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes. O objetivo é agregar contribuições da sociedade de forma democrática e participativa para aprimorar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
De acordo com a secretária Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério da Justiça e Cidadania, Cláudia Vidigal, as mudanças têm o intuito de regulamentar diversas ações como o serviço de famílias acolhedoras, apadrinhamento afetivo e procedimentos de adoção, inclusive internacional.
“Aprofundar essa discussão e a regulamentação dessas ações é uma forma de ampliar o atendimento de crianças e adolescentes, evitando que elas permanecem mais de dois anos em unidades de acolhimento institucional”, explicou a secretária.
Cenário
Segundo dados do Cadastro Nacional de Crianças Acolhidas (CNCA) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), há mais de 46 mil crianças e adolescentes atualmente no Brasil em acolhimento. Desse número, de acordo com o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), apenas cerca de 7 mil estão aptas para adoção. Em contrapartida, o mesmo cadastro mostra que há mais de 37 mil pessoas interessadas em adotar.
Esse descompasso demonstra que há no país uma diferença nos perfis de pretendentes e crianças e adolescentes cadastrados havendo a necessidade de revisão na legislação vigente, bem como interlocução para uma campanha nacional sobre o tema.
A demora excessiva nos processos faz com que as crianças permaneçam mais de dois anos em instituições de acolhimento e, em alguma medida, afastem-se, a cada ano, do perfil indicado pelos interessados em adotar. De acordo com o Cadastro Nacional de Adoção, 55% dos pretendentes preferem crianças de 0 a 3 anos de idade.
Participação
O Ministério da Justiça e Cidadania reuniu um grupo de especialistas que estão trabalhando no texto trazendo contribuições e inovações para a temática dos direitos da convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes.
“A contribuição da população é fundamental nesse processo de elaboração legislativa, principalmente quando tratamos de temas tão sensíveis e de extrema importância, como é o caso da adoção”, afirmou o secretário de Assuntos Legislativos, Marcelo Varella.
O debate público sobre procedimentos para assegurar o direito à convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes, como a adoção, o apadrinhamento afetivo e as famílias acolhedoras permanecerá aberto até 4 de novembro. A contribuição da sociedade será por meio da formulação de comentários e sugestões sobre o texto proposto.
Os participantes podem indicar, nesse período, o que consideram ser a melhor redação para o texto que servirá de base para o anteprojeto com foco na melhoria do procedimento de adoção e na redução do período de acolhimento institucional de crianças e adolescentes.
Faça parte desta iniciativa para melhorar a vida de centenas de crianças e adolescentes.
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Os temas abordados na edição anterior foram muito estimulantes para o investimento em tecnologia da informação e comunicação.
Joseane Rocha,
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De projeto
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Aguardando pelo próximo evento
Roberto
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