Pauta em discussão

Prazo encerrado

Cálculo da tarifa baseado na quantidade de dados transmitidos/enviados.

Discussão criada por Jotavio em 29/01/15

Tema: Neutralidade , Outros temas e considerações

Para garantir a neutralidade da rede será necessário calcular o valor dos serviços (tarifa) baseado na quantidade de dados transmitidos/enviados. A velocidade neste caso seria distribuída entre todos os usuários da rede sem distinção, a não ser aquelas previstas nesta Lei. Os servidores que armazenam os sites também não poderão discriminar seus clientes na questão da velocidade de tráfego, apenas nas funcionalidades, processamento de dados e quantidade de dados armazenados. Dessa forma todos os usuários que usufruem de uma mesma rede em um determinado momento serão tratados igualmente na velocidade de tráfego, podendo variar dependendo do tipo da mesma (fibra ótica, rádio, antena celular, etc).

Discussão sobre a pauta

  1. Opinião
    Bom, acredito que atualmente o serviço de trafego das operadoras nacionais é uma vergonha, cobram altos valores por quantidade ridículas de dados, seu serviço deixa a desejar muito.

    Acredito que não deveria ter cotas de quantidade de dados e sim um valor fixo mensal e acesso total no mês.
    Em caso de cotas de dados acredito que deve ser bem mais flexível com no minimo 1 real cada 500MB
    E em casos que o cliente não use a sua cota disponível, no caso o cliente paga por 2 GB e não utiliza essa quantidade, a mesma deveria ser acumulada para próximo mês ou reduzido o valor da fatura, os MB não utilizados devem ser contabilizados em credito ao cliente ou acumulados na franquia do mês seguinte.

    É praticamente abuso das empresas e operadoras se apoderar-se dos dados restantes pagos pelos clientes, uma vez comprado a quantidade ” “X” de franquia, ele seria sua por direito e não podendo ser retirado por não ser usada.

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  2. Opinião
    Cobrar ou não por uma velocidade maior, acesso livre ou por MB, franquia fixa ou não, saldo ficar pro mês seguinte ou não, acho que são questões para o livre mercado resolver. Veja o exemplo do 4G, que a Claro oferece a todos, mesmo àqueles que tem franquia de 200MB, mas a Vivo oferece em planos distintos. O consumidor que escolha o que é melhor pra ele. O governo (e as leis, regulamentações etc) deve limitar-se a intervir naquelas questões absolutamente necessárias e nas quais a concorrência de mercado não ofereça solução. Velocidade custa caro e a operadora deve ter o direito de cobrá-la se quiser, ao menos eu penso assim.
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  3. Opinião
    A neutralidade se refere ao tratamento que as operadoras dão a cada tipo de dado, não a isonomia entre clientes. Se eu contratei 1Mb eu tenho que conseguir acessar o Youtube ou o meu email com a mesma velocidade; se contratei 150Mb, a mesma coisa, apesar de a velocidade ser maior. A questão é não vender 150mb mas limitar a velocidade do Youtube, por exemplo.
    Além disso, hoje virtualmente não há, na internet ‘fixa’ brasileira, franquia de dados. As operadoras até colocam limites no contrato mas não aplicam esses limites. Começar a cobrar por dados ao invés de velocidade é um retrocesso (como pode-se ver pelas operadoras móveis vendendo 200mb (!!!!!) por 50 reais) em uma internet cada vez mais ‘pesada’.
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  4. Daniel da costa góis
    Opinião
    Acho que o cálculo da tarifa não deve ser cobrado pela quantidade e sim pela qualidade do serviço prestado! Num é justo eu pagar mais caro só porque baixei um programa de 500 mega e meu vizinho pagar menos porque não fez o download desse arquivo! Absurdo querer limitar pelo uso!
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  5. Opinião
    O que se contrata é a velocidade, não a quantidade. Pela quantidade, a transmissão de vídeo, áudio, aplicativos comerciais online, tudo fica mais caro, o que iria na contra-mão da filosofia da rede. Desta forma, a internet das coisas não irá progredir.
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    • Opinião
      Também acho. Já bastas as operadoras mercenárias de celulares que limitam os dados. Isso tem que acabar.
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  6. Opinião
    Em primeiro lugar quero manifestar meu total repúdio pela ausência de qualidade e pelos valores abusivos praticados pelas operadoras.
    Precisamos que a qualidade seja “padronizada” que atenda nossas necessidades e sem termos de pagar a mais por isso. É desrespeitoso você contratar um serviço e ficar barrado nas regras e determinações das operadoras. Não é justo pagar por valores específicos pelo tipo de conteúdo que desejamos acessar e ou posteriormente pagarmos pelo excesso.
    As operadoras já ganham mais do que o suficiente pela péssima qualidade do serviço entregue e estas não perdem absolutamente nada, pois o consumidor acaba pagando da mesma forma.
    As operadoras adicionam em seu backbone “servidores proxy e servidores cache” e ainda praticam o famoso TRAFFIC SHAPING, fragmentando ainda mais a qualidade do serviço e dependendo da modalidade do serviço bloqueiam algumas portas específicas como a porta (80) por exemplo.
    Se eu contratei um serviço, logo penso que por direito estou pagando por um todo e não pelo parcial.

    Ninguém compra um carro novo sem portas, sem janelas, sem direção, no lugar do motor 5 hamsters dentro de uma rodinha e cuja velocidade de 200km/h .
    Porém, no contrato imposto com diretrizes de utilização, você está limitado a trafegar 20Km por hora percorrendo apenas 250 km por mês e pagar pelo excesso de quilometragem caso você ultrapasse.
    Ou que seu carro pare de funcionar na metade do caminho após ter atingido o “limite de utilização” , podendo utilizar apenas no próximo mês e você obrigar-se a voltar para casa a pé.
    Ou ao optar pela aquisição deste veículo você só tenha o direito de ir até o supermercado e ou a farmácia, pois e caso deseje ir a outros lugares, buscando um momento de descontração, ou atrás de conhecimento, comprar um carro específico para cada tipo e ainda pagar pedágio pela quilometragem rodada.

    Pensar assim é patético!
    Pensar em modelizar o tipo de acesso por conteúdo é coisa de retrógrado e fere o direito de ir e vir.

    O Brasil não foi descoberto, foi invadido e saqueado! As operadoras estão saqueando o bolso do consumidor vendendo os atuais e querendo impor novas regras no mercado.

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  7. Opinião
    quanta barbaridade se lê nesta pauta. O único valor contratado deve ser acordado por completo com o usuário. Ele pode adquirir uma velocidade que deve ter uma garantia de X por cento ou contratar “megas” de internet como o usuário quiser!!!!!!!
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  8. Opinião
    Concordo plenamente com a proposta que está sendo apresentada nos EUA. A Internet é um serviço de utilidade pública!!
    Notícia: “Por ‘neutralidade da rede’, EUA devem propor internet como utilidade pública” https://urele.com/AjAc
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  9. Opinião
    Na minha opinião, o correto é contratar o serviço por velocidade e não por tráfego de dados porque além de ser muito caro, a quantidade ofertada é insignificante, porque hoje em dia os sites usam animações em flash e maior riqueza gráfica então, as operadoras estão desatualizadas quanto a isso, a oferta atual de dados, só dá para uma navegação em modo texto, cujo consumo de banda é menor.

    Para quem usa o smartphone, tablet ou computador que demanda tráfego de dados maior, a forma de cobrança atual é injusta. Para evitar que as operadoras de telefonia fixa passem a adotar o mesmo sistema da telefonia móvel, deve-se banir permanentemente do Brasil, a cobrança dos serviços de acesso à Internet por tráfego de dados e usar como critério único, a velocidade de acesso.

    Para conexões em 3G, a velocidade única devera ser de 1 Mega e ilimitado, cabendo às operadoras ofertarem o serviço por dia, semana e mês com valores proporcionais ao período contratado;
    Para conexões em 4G, a velocidade mínima deve ser de 1 Mega e ilimitado, pois nessa modalidade, são ofertados até 4 Mega, também cabendo às operadoras ofertarem o serviço em dia, semana e mês proporcionais à velocidade e o período contratado;
    Na telefonia fixa, a velocidade mínima a ser ofertada deverá ser de 10 Mega e ilimitada, com tarifa mensal proporcional à velocidade contratada.

    Hoje em dia nada se faz sem a Internet, realizar pagamentos, agendar serviços públicos e privados, e até mesmo o próprio funcionamento do serviço de tv por assinatura em algumas operadoras, que dependem da Internet para funcionar.

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  10. Opinião
    Banir permanentemente aqui no Brasil, o sistema de cobrança de acesso à Internet por tráfego de dados e voltar ao sistema de cobrança por velocidade de acesso e ilimitado, por ser considerado mais justo.
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    • Opinião
      Concordo, e digo mais.
      Operadoras vendem planos hoje como ilimitados, mas com franquia de dados, que faz com que sejam limitados…
      A única ressalva para “ilimitado” é exatamente a conta que o usuário “TV Aberta + Merchant = Peculato” fez. Se vc tem um plano de velocidade de 1Mb/s vc tem direito a usá-lo 24 horas por dia, 7 dias por semana. E o que limita, nesse caso, são os 120 GB mensais que ele falou. Se vc tem um de 5Mb/s, 600GB, e assim por diante.
      É um absurdo comprar um plano ilimitado com limite de dados.
      E o que a operadora pode falar é que ela não pode suportar o tráfego de todos os usuários simultanemante. ENTÃO NÃO VENDA. Se vendemos um pote de balas com 1kg e derrepente não pudermos mais dar conta da demanda, venderíamos 100g e cobraríamos o mesmo de 1kg? Não. As empresas de telecomunicações são as únicas no Brasil que podem fazer isso. A Anatel tem que acabar com essa farra.
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    • Opinião
      Depende. Tem que banir empresas que limitam dos dados. E valores por velocidade já são cobrados e muito caros no Brasil.
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      • Andre Muraro Moreira
        Opinião
        Não acho que este seja o caminho. Se você banir, você aos poucos acaba com a “concorrência”.
        Se você banir, a fatia desta operadora fica em mãos de outras.
        Quais as opções que você tem atualmente na sua cidade? No máximo três, certo?
        E destas três opções, qual é a “menos pior”? Quais as diferenças entre as mesmas?
        Sim, existem diferenças entre operadoras. Principalmente se optar pelo serviço de TV, eles baixam o valor da internet e oneram no serviço de TV.

        A regulamentação tem que criar mecanismos para impedir/suspender a comercialização do serviço em caráter temporário, suspender a captação novos clientes e gerar multas pesadas. Somente depois de sanado e aprovado poder comercializar novamente.

  11. Opinião
    Que absurdo. A Internet tem que ser livre totalmente. Já pagamos mensalidade muito cara no Brasil. Um verdadeiro roubo. Temos a internet mais cara do mundo.
    Sou contra a acesso restrito de dados de download e upload. Operadoras de internet a cabo (tvs a cabo) fazem isso e restringem o uso de downloads por exemplo, colocando limites de downloads. Abaixo esse tipo de empresa vigarista.
    Quero uma internet sem limites de downloads e uploads. Isso é o básico dos nossos direitos de brasileiro.
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  12. Opinião
    Hoje a decisão pertence a operadora: eles definem um limite, sabiamente baixo, e todos os concorrentes fazem o mesmo. O povo pode escolher de qual empresa pegar a migalha. Por outro lado, tudo livre obviamente iria acarretar em abusos da rede.
    Pois bem, isso se chama internet fixa: existem abusos da rede, porém nunca “saturou a internet do Brasil”. Considero errado a ideia que “internet móvel” e “internet” são produtos distintos. Tudo é internet, e não é como agua: se eu gastar mais não vou deixar menos internet para os outros. Devíamos ver isso como “preço de fazer negócio”: quer fornecer internet no Brasil? Portanto gasta o que tem de gastar e fornece – colocar 10M e distribuir para um bairro inteiro, cheio de limitação, é fácil.
    Isso pode ser um ponto complicado para o Marco Civil: ele define liberdade, igualdade de bits. E sim, bit mais caros mas todos ao mesmo preço continuam sendo bits iguais. Mas seria uma boa oportunidade para assegurar internet igual para todos, o que poderia ser um ideal interessante.
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  13. Opinião
    Bom dia.
    Tentarei apontar, em minha visão, alguns equívocos e erros.

    Internet
    O principal objetivo da internet é o LIVRE ACESSO ás informações, massificando o acesso aos conteúdos para desenvolvimento social e econômico. Basta notar que a mesma nasceu como fruto de pesquisa entre universidades e órgãos dos governos.

    Custo
    Claro que a infra estrutura possui sim um custo. Seja a construção de novos locais de interligação entre operadoras até o “cabo puxado” a casa do cliente (última milha).

    Mercado
    As empresas de “internet” (aqui eu coloco empresas formadoras de conteúdo, buscadores até empresas de última milha como operadoras de celular, operadoras de telefonia fixa, fornecedores de equipamentos como cisco e internet a rádio) sempre buscam monetizar o acesso á rede. Vale lembrar que a regra do capitalismo: diminuir custos operacionais e maximizar os lucros.

    Opinião
    Acredito que as empresas de última milha, de forma coordenada, estão querendo impor um regime de acesso que existe em países desenvolvidos como os do continente europeu e EUA. Nada contra isto, é justo pagar por toda a infra estrutura implantada. No entanto, não é o momento de fazer isto por aqui pois lembramos:

    1. O brasil atualmente passa por uma das piores crises econômicas de sua historia. Telecomunicações fazem parte do mercado primário (como as de alimentação, saúde e educação) e prejudica sensivelmente o desenvolvimento econômico de uma região. O objetivo da privatização era baratear o acesso, abrindo a inclusão para todas as faixas sociais.

    2. Brasil não é um pais do bloco europeu, não é EUA. Cito estes lugares pois, como a economia é desenvolvida, o custo de produção e operação são menores (grande parte disto é uma legislação tributaria até mais simples do que a Brasileira, que ao gerar confusão gera multas e juros para quem quer contribuir com o crescimento do brasil e é penalizado por isso, mas fica para outro post oportuno). Sendo o custo menor e o poder aquisitivo destes lugares maior, uma operadora tem acesso de forma mais barata aos insumos usados na construção de sua rede e sua manutenção. Mão de obra capacitada e uma legislação que as ajuda em implantações de rede uniforme, tirando a burocracia conhecida do brasil. Me preocupei muito com o presidente da VIVO afirmando que era assim nos países desenvolvidos (a forma de cobrança por consumo de trafego), pois, Brasil não é como estes países. A grande verdade é que as operadoras estão se aproveitando da morosidade e de como as coisas aqui funcionam para modificar o mercado em beneficio delas, a maior prova ?. Basta ver o que Paulo Bernardo disse ano passado sobre o leilão 4g: “Para ministro, teles são heroínas por ajudarem a fechar contas do governo – Folha dia 05/12/2014. “.

    3. O governo não faz a revolução onde ela realmente deveria acontecer. Legislação das telecomunicações e Legislação tributaria. Na legislação de telecomunicação, deveria ser aberto toda e qualquer empresa tornar-se uma empresa de última milha. Lembro-me que quando o padrão de TV Digital foi feita, as empresas de TV poderiam usar parte do espectro para tornarem-se empresas fornecedoras de internet. Isto foi suspenso. A outra saída seria os pequenos provedores de internet locais, porem, como todos sabem, os fornecedores destas empresas são as operadoras vendendo 1 “mega” a 600.. 700R$. Não existe qualquer dispositivo jurídico que permita estas empresas a comprarem link de forma mais barata, emperrando a concorrência no mercado de última milha (justamente o mercado nosso, que nos gera desgaste e sofrimento). Ainda temos uma simplificação a ser feita para obtenção de licenças, implantação e negociação de preços com empresas e prefeituras em plataformas abertas ao publico (me refiro a licenças de passagem, taxas e morosidades que se fossem concentradas em um único processo administrativo, diminuiria os custos de quem deseja entrar no mercado e o desenvolver). Quanto a legislação tributaria, temos velhos problemas como dupla cobrança de imposto sobre serviço (a prefeitura local deseja receber, assim como a de origem também), ICMS e vários outros. Acredito que aqui deveria ser simplificado as guias de pagamento para pequenas empresas e grandes empresas, organizando de forma clara o que devem pagar.

    4. Entendo que o governo queira dar prioridade aos produtos aqui fabricados, porem, a maior competitividade para com produtos estrangeiros não é encarecendo o acesso aos equipamentos importados. A real competitividade se da com investimento em qualidade de educação e principalmente, uma reforma direcionada para as empresas de tecnologia aqui existentes. Ideias inovadoras não nascem sempre em empresas de porte médio ou grande, mas literalmente em garagens. Enquanto o brasil impor burocracia para que os pequenos não tenham real acesso aos créditos para desenvolvimento e inovação, o brasil não irá sair do lugar. Outro dia trabalhando em um projeto elétrico, vi a oportunidade de patente junto com outros engenheiros. O maior problema da fabricação: os insumos são importados. Além de sofrer com uma alta carga tributaria, a logística é deficiente e caríssima aqui. Um produto para ser inovador, precisa custar muito menos do que o mercado atualmente usa e neste caso especifico ele ficara mais caro aqui no brasil. Ao contrario do mercado dos EUA, onde ele ficara mais barato do que o usado lá. Imagino quantas empresas de roteadores, switchs e insumos de rede em geral já não desistiram de vender algo aqui dentro pela dificuldade extrema no acesso as peças e isto explica porque apenas grandes empresas conseguem ter mercado aqui dentro.

    Existem outros pontos, porem o post ficaria mais longo. Então em resumo, o problema das telecomunicações aqui é o mesmo problema de todas as empresas e pessoas: Burocracia. Ainda que seja uma forma de governo (sim, é uma forma de governar) tentando não deixar que ocorram falsificações e etc, a burocracia aqui no brasil faz o efeito contrario: manipulação de mercado, criando barreiras junto ao governo para proteção de mercado entre as grandes. Cerceamento de escolhas, emperrando qualquer outra ideologia mesmo que seja de interesse coletivo. Credibilidade moral, levando os participantes da sociedade á acreditar que não existe mais solução e que devemos nos conformar com a atual situação.
    O buraco é muito mais embaixo e o que vemos é apenas um efeito colateral de algo muito pior. A preguiça de pensar que, se o mercado fosse desenvolvido de forma correta, a arrecadação seria muito maior pois: os consumidores consumiriam muito mais (qualidade e menor preço) e o custo das operadoras baixo por usarem tecnologias inovadoras a custo menor e legislação favorável a promover inovação sem burocracia.

  14. Opinião
    Esta meio confuso este post aqui:

    [..]Para garantir a neutralidade da rede será necessário calcular o valor dos serviços (tarifa) baseado na quantidade de dados transmitidos/enviados.[..]

    Porque? Não consigo imaginar qual a relação entre garantir a neutralidade e ser obrigado a cobrar por dados transmitidos/ enviados, não tem a menor lógica, principalmente em se tratando de provimento de acesso.

    [..]A velocidade neste caso seria distribuída entre todos os usuários da rede sem distinção, a não ser aquelas previstas nesta Lei. [..]
    Porque ? Cada um teria a velocidade contratual, também não vejo motivo para esta conclusão.

    [..]Os servidores que armazenam os sites também não poderão discriminar seus clientes na questão da velocidade de tráfego, apenas nas funcionalidades, processamento de dados e quantidade de dados armazenados.[..]
    Servidores que armazenam sites, ou provedores de serviço (conteúdo) não discriminam clientes/ usuários na velocidade, não tem sentido, estamos falando de provedor de acesso, o provedor de serviço recebe o usuário na velocidade determinada pelo provedor de acesso e das caracteristicas da rede de infraestrutura, ele não tem absolutamente nenhuma intervenção de que velocidade o cliente terá acesso à ele. Quanto ao processamento e armazenamento de dados, do provedor de serviço isto é uma política contratual dele, uma vez que ele não prove acesso.

    [..]Dessa forma todos os usuários que usufruem de uma mesma rede em um determinado momento serão tratados igualmente na velocidade de tráfego, podendo variar dependendo do tipo da mesma (fibra ótica, rádio, antena celular, etc).[..]

    Visão equivocada da neutralidade da rede, em linhas gerais podemos definir neutralidade assim:

    A neutralidade da rede versa que você terá a garantia de que seus dados serão tratados pelo provedor de acesso (conexão) e pelo provedor de infraestrutura (que gerencia o trafego entre o provedor de acesso e o provedor de serviço (conteúdo) de forma isonômica (da mesma forma) independente do tipo de dado trafegado, origem e destino. Ou seja, dentro da velocidade que você contratou, os dados trafegarão da mesma forma e com a mesma prioridade, independente de ser um email, uma figura ou um vídeo.

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  15. TV Aberta + Merchant = Peculato
    Opinião
    A minha operadora insiste em trocar a minha conexão 1 Mb/s (contrato de 2009; sem limites de dados; sem limite na velocidade) por 15 Mb/s (com limites de dados; com limite na velocidade) onde o consumo além da franquia (110 GB) seria pago por cada 1MB consumido.

    Mas vejam:

    1) A minha conexão atual permite mais de 120 GB mensais (1 Mb/s = 120 KB/s) :
    120 KB/s x 1 hora (3.600s) = 432.000 KB por hora
    432.000 KB x 10 horas = 4.320.000 KB (ou 4 GB diários)
    4 GB x mês (30 dias) = 120 GB mensais

    2) O custo benefício da promoção de 15 Mb/s não compensa a do atual plano de 1 Mb/s
    1 Mb/s = R$34,90 (tive de ajuizar ação para o cumprimento do contrato ou estaria pagando R$180,00 desde 2010)
    15 Mb/s = R$69,90 (já teria trocado se não fosse: limites de dados; limite na velocidade; pagamento por MB)
    Com 15x a velocidade que tenho hoje, alcançaria a minha franquia em 2 dias, passando os 28 dias restantes consumindo além da franquia, onerando de forma imprevista o consumidor:
    4GB (diários a 1 Mb/s) x 15 = 60 GB (diários)

    3) A tecnologia evoluiu muito. Hoje usando a minha WIFI temos: televisores, videogames, ipads, tablets, celulares, computadores, etc. Agora pegue todos estes aparelhos e multiplique pelo número total de parentes e amigos próximos, que frequentam a casa.

    4) Meu modem acusa o máximo de 8,4 Mb/s suportado pela linha. Ou seja pagaria por 15 Mb/s e usaria no máximo 8,4 Mb/s. Em 4 dias alcançaria a minha franquia e passaria 26 dias pagando por MB consumido, onerando ainda mais e de forma indefinida.
    4GB (diários a 1 Mb/s) x 8 = 32 GB (diários)

    Mesmo explicando esta matemática à operadora (atendentes), eles continuam tentando mudar o meu plano para 15 Mb/s com limites e pagamento por MB utilizado. Não economizam com ligações promocionais, já tentaram cancelar o plano alegando que ele não existe, já ofereceram 4 celulares, oferecem TV a cabo, etc.
    Já estou pensando em entrar na justiça pedindo uma medida protetiva (para o caso de futuramente, a concessionária alegar o aceite da promoção por algum usuário da residência) e continuar com os meus 1 Mb/s até que as limitações dos planos superiores sejam sanados.

    Conheço muitos usuários da 3G, que ficavam fiscalizando o consumo, para não pagar mais no fim do mês. Mas com o tempo percebem que não podem dedicar tempo para isso, mesmo que a operadora disponibilize um aplicativo para tal finalidade. E assim vejo muitos amigos e parentes pagando 2x, 3x, 4x, 5x ou mais o plano contratado, desistindo de ter internet, e logo em seguida caindo na mesma armadilha de outra operadora.

    CONCLUSÃO:
    Cobrar por quantidade de dados, independentemente da velocidade utilizada, é muito lucrativo para as operadoras e seus interesses.
    Mas trazem enormes prejuízos à coletividade e seus interesses.
    E quanto a streaming de vídeos (netflix, twitch, etc.), e jogos na nuvem (nvidia, microsoft, playstation, etc.), que futuramente estarão disponibilizando vídeos/jogos em 2K~8K (prefiro cópia física). Imagina a quantidade de dados (BYTES) que irão circular na internet?

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  16. Opinião
    A cobrança do acesso à Internet por volume de dados parece justa, pois estamos acostumados a pagar bens e serviços por quantidade. No entanto, não reflete na realidade os custos do provedor. Tais custos são essencialmente fixos, resultantes de investimentos em infraestrutura e gastos operacionais (energia, pessoal, trânsito na Internet, etc.). Esses custos não variam com o uso ou não dos equipamentos, que são automáticos, não sofrem desgaste e não consomem mais energia por isso. Assim, a cobrança mais aderente aos custos seria uma tarifa fixa, para uso ilimitado.
    Essa tarifa deveria ser proporcional à velocidade? Não necessariamente, embora a velocidade dependa efetivamente das tecnologias adotadas (rádio, cobre, fibra, etc.), que têm custos distintos. No entanto, dada uma solução tecnológica, o custo não varia com a velocidade. Por exemplo, com a tecnologia ADSL (e suas evoluções), a mais utilizada para acesso fixo em nosso país, um serviço de 1 Mbit/s e outro de 10 Mbit/s soem ter o mesmo custo para o provedor.
    Então, por que se cobra por velocidade ou por quantidade de dados? Para conter a demanda. A infraestrutura da Internet é compartilhada e têm seus limites de capacidade. Ampliar tal capacidade tem custo. Ademais, a Internet não é determinística. Não se garante quando um certo pacote vai chegar ao destino e nem mesmo se vai chegar. Pode-se dizer apenas que o pacote tem tal probabilidade de chegar, com tal porcentagem de acerto. Assim, a melhor solução ainda é fazer essa contenção por meios técnicos e comerciais, buscando um ponto de equilíbrio aceitável entre capacidade e demanda.
    Tal contenção viola a neutralidade de rede? No meu entendimento não, pois não há distinção por “conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação”. Dito de outra forma, dentro dos limites de uma mesma oferta comercial de acesso à Internet todos os pacotes teriam o mesmo tratamento.
    Mas tais ofertas não poderiam estar viciadas ou abusivas, devido a falhas de mercado, por exemplo? Sim, mas não é a neutralidade de rede que vai resolver isso.
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    • Opinião
      Mstr, das duas uma: Ou o Sr. é algum assessor de advogado que integra o corpo jurídico de algumas das operadoras no mercado e está aqui manifestando seu pensamento RETRÓGRADO, e ou o Sr. é proprietário de algum provedor de acesso sem fio/rádio que
      comercializa acesso a internet “capado”, horrendo e medonho para clientes “ignorantes” por assim dizer.
      Desculpe-me e sem querer ofendê-lo, mas, não há explicação para aceitar sua tese em um mundo que a cada dia está em processo de EVOLUÇÃO.

      ”Tais custos são essencialmente fixos, resultantes de investimentos em infraestrutura e gastos operacionais (energia, pessoal, trânsito na Internet, etc.).”

      Desde que houve privatizações das estatais e com a promessa de revolucionar o mercado e dar DIREITO DE ESCOLHA aos consumidores, oferta e concorrência, as operadoras não investiram muito, melhor dizer, investiram quase nada.
      Falo isso, porque morei em Curitiba e naquela época não houve investimento e sim aproveitamento de algo que já existia ( o mesmo cabeamento metálico da antiga estatal, TELEPAR).

      Durante anos, mesmo eu reclamando diariamente de que meu acesso era ridículo, quedas de conexões constantes, nada fizeram.
      Conexão dial-up (acesso discado), só poderia utilizar após a 00:00hr até as 05:59hr e sábado após as 14:00hrs, pois era conexão única e não contabilizava os pulsos telefônicos. A lógica era 1 pulso = 4 minutos.
      Minha conta telefônica nunca batia com meus acessos. Muitos brasileiros foram presenteados com mais de 500 pulsos mensais em na conta no final do mês. Só depois fizeram a conversão de pulsos para minutos. Ou seja: 1 antigo pulso equivale 1 minuto.

      Novamente o brasileiro perdeu neste processo de EVOLUÇÃO. Assim era mais justo cobrar por minutos do que por pulsos.

      Logo com a popularização da ADSL e assim que chegou em minha casa, apenas despacharam um modem com um manual informando de como eu deveria instalar. (Custos operacionais)
      Não houve substituição do cabo metálico, não houve visitação técnica. Meu acesso a internet trafegava no mesmo cabo metálico da década de 90 e se duvidar bem antes.
      Aonde houve o INVESTIMENTO DE INFRAESTRUTURA que o senhor citou acima?
      Ah sim, o senhor fala no aspecto de investimento das antigas conexões das centrais regionais, substituições de equipamentos.
      Sim, a operadora na época necessitou lançar cabos de fibra até as centrais regionais para dar conta da demanda, para futura ampliação dos serviços).
      Houve investimento neste aspecto. Era um processo natural, pois eles precisavam ampliar a rede, comercializar telefones e acesso ADSL, pois seus respectivos armários estavam sobrecarregados e ainda existia pessoas com acesso discado. Ainda estariam ganhando com o acesso discado e para aqueles quem podiam pagar por ADSL. Então logo o preço manteve-se com correções anuais, sem concorrência e explorando cabeamentos já existentes. Meu acesso a internet era o mesmo. Não melhorou, a velocidade oscilava como antes e manteve-se assim por um bom tempo 😀
      Lei da demanda, oferta. Pois não haviam concorrentes.
      E as vendas casadas? Para acessar a internet logo preciso de um provedor de acesso, certo?
      E quando este provedor for da minha operadora e quer me cobrar uma mensalidade apenas para autenticar minha conexão?

      Para autenticar a conexão é necessário um servidor RAS e isso não é caro. Então, investe-se em servidores RAS e cobra-se uma mensalidade de nosso clientes.
      Pagamos pela manutenção da linha telefônica mesmo sem usar, pagamos pelo serviço de internet e pagamos pelo provedor para autenticar nossa conexão.
      Então surgiu a concorrência. A GVT havia chegado em Curitiba e os curitibanos viram ela crescer do zero.
      Cabeamento novo, centrais novas, serviço de qualidade e sem necessidade de ter um provedor de acesso.
      A ADSL era autenticada apenas com o login e senha fornecidos por eles. Talvez sim, cobrança mínima mascarada já nas então “taxas de serviço” e desta forma não preciso assinar um provedor só para autenticar minha conexão.
      Ela cresceu, virou um monstro, ampliou os acessos, melhorou ainda mais a qualidade….e todo mundo desejava sair da concorrente e ter acesso GVT.

      De fato, na época da Brasil Telecom, eu pagava R$ 200,00 para ter uma ADSL para jogos e com a GVT eu tenho tudo isso pagando bem menos.

      Apesar de eu discordar com a qualidade da internet no Brasil não ser das melhores, a GVT foi a única razoável e custo benefício viável e condizente com minha realidade.

      O senhor acredita que pagar por tráfego é mais viável? O senhor acredita que pagar por conteúdo é mais viável?
      Em que momento o senhor leu em algum jornal que uma operadora de telefonia no Brasil perdeu milhões em seu balanço trimestral por causa de serviços e internet?
      Muito pelo contrário, eles continuam ganhando sempre.
      Os acionistas, investidores e demais especuladores, ficam felizes sempre com o balanço bimestral/trimestral e anual.
      É rentável para eles. Quanto mais $$$$$$, melhor.
      Eles precisam diversificar seus investimentos, necessitam com urgência de $$$$$$$. Eles não querem empatar.
      Política de Ladrão: Um ladrão nunca vai para perder ou empatar, ele vai para ganhar, sempre.

      Desde quando este “NOVO MODELO DE NEGÓCIO” é viável para o consumidor?
      Não é não! Eles estão querendo DITAR e IMPOR um modelo novo e rentável para eles. Só falta os seguintes dizeres: “Ou você aceita ou não”.

      Pois aos poucos, o Telemarketing destas, irão nos contactar e informar de que nosso serviço está OBSOLETO e tem mais atratividade nos novos
      pacotes de serviços.
      De fato, quando eles fazem isso, o serviço e a tarifa que você contratualizou antes, já está depreciada, por assim dizer.
      A velocidade para navegação não é mais a mesma, as poucos você percebe que seu acesso já não está mais legal para tudo aquilo que você faz e quer na internet: Jogar um MMORPG online por exemplo, ou ter uma Smart TV e ver vídeos fragmentando na NetFlix.

      Eles sempre fazem isso, nunca foi novidade.

      Quanto ao “INVESTIMENTO E INFRAESTRUTURA”, este já existe! Só precisa ser OTIMIZADA E ADAPTADA ao NOVO MODELO e posteriormente atualizada e substituída para futuras ampliações. Já fizeram isto no passado e farão no FUTURO. E quanto aos antigos, podem ser reaproveitados em regiões menos favorecidas.

      Agora pense…
      Aonde está o investimento?
      De quanto e aonde fora investido tudo o que eles falam?

      Citei a GVT acima, pelo fato da espanhola depois de tanto insistir, conseguir comprá-la.
      SINERGIAS? Ah sim, já está tudo pronto! Vamos unir o útil ao agradável, só precisamos explorar este serviço e lucrar com a carteira de clientes e darmos mais um passo.
      Os acionistas, investidores e especuladores, novamente agradecem.

      Infelizmente no Brasil o processo funciona desta forma.

      Nós brasileiros somos trouxas. Temos mais de sermos explorados e roubados mesmo.

  17. Opinião
    Considerando que o acesso a informação é direito fundamental, acesso a internet é direito essencial, criar barreiras econômicas só irá gerar mais desigualdades e o aumento do digital divide, logo, quem em sã consciência poderia corroborar com algo neste sentido ? Concordo plenamente que devem existir reformas e mecanismos de promover mais o desenvolvimento destas infraestruturas aumentando a capacidade para atender as demandas que estão aumentando a cada dia. devemos usar recursos públicos para ampliação de redes publicas ou de redes com garantia de uso compartilhado via PPPs. Agora querem saber qual o real problema ? As grandes corporações não querem que mexam no queijo delas, a história mais velha do capitalismo corporativista. Além disso percebam que querem imputar controle restrito à internet da mesma forma, sem tirar nem por, oque fizeram com o rádio e a TV (Vale ler Impérios da Comunicação de Tim Wu), enfim, em algum momento esperamos que a internet seja aberta e livre, e que sua sustentabilidade venha de sinergias e o avanço de novos modelos de negócios sustentáveis. Sigamos.
  18. TV Aberta + Merchant = Peculato
    Opinião
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