29

setembro/2015

Tragédia humanitária

Publicado por: refugiados

Segundo dados da ONU, o mundo bateu um triste recorde em 2014: o número de pessoas vítimas de deslocamento forçado chegou a 60 milhões. Para se ter uma ideia, esse contingente, se fosse um país, seria o 24º mais populoso do mundo, atrás da Itália e à frente da África do Sul.

 

Desses, 20 milhões são considerados refugiados – aqueles que deixam seu país devido a fundados temores de perseguição ou devido a graves violações de direitos humanos. Cerca de 4 milhões são de origem síria, como o garoto Aylan Kurdi, de apenas 3 anos, cuja morte foi o símbolo mais comovente dessa tragédia humanitária.

 

POSTS_FACEBOOK_1200X900_REFUGIADOS10

Para que casos assim não se repitam, vários países e organizações têm se mobilizado.

 

A resposta brasileira a esse quadro parte da tradição histórica de acolhida, solidariedade e de proteção dos direitos humanos de refugiados e migrantes, como sinalizado em pronunciamentos recentes da Presidenta Dilma Rousseff:

“Aproveito o dia de hoje para reiterar a disposição do governo para receber aqueles que, expulsos de suas pátrias, para aqui queiram vir, viver, trabalhar e contribuir para a prosperidade e a paz do Brasil”.

Discurso por ocasião do 7 de setembro de 2015

“Desde o início da guerra civil na Síria e da multiplicação de conflitos no Oriente Médio e no Norte da África, o governo brasileiro tem oferecido vistos humanitários aos refugiados sírios. Já são 7.752 vistos concedidos. Determinei que esse esforço seja ampliado, pois, como país que abriga em sua população mais de 10 milhões de descendentes sírio-libaneses, não poderíamos agir de outra maneira”.

Artigo publicado no jornal Folha de São Paulo no dia 10 de setembro de 2015

“Em um mundo onde circulam, livremente, mercadorias, capitais, informações e ideias, é absurdo impedir o livre trânsito de pessoas. O Brasil é um país de acolhimento. Recebemos sírios, haitianos, homens e mulheres de todo o mundo, assim como abrigamos, há mais de um século, milhões de europeus, árabes e asiáticos. Somos um país multiétnico, que convive com as diferenças”.

Discurso de abertura da Assembleia-Geral da ONU em 28 de setembro


No Brasil, o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE) é o órgão responsável por analisar as solicitações de refúgio no país. Há, hoje, 2.097 refugiados sírios reconhecidos, sendo que a maioria deles veio para o Brasil fugindo do conflito que assola aquele país.


 

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *